CRIANÇA DO MATERNAL


Garatuja desordenada

  • Primeiro contato da criança com o lápis e o papel;
  • Desenha pelo prazer do movimento;
  • Aparece com o traço leve, pois não há controle motor dos movimentos;
  • Variam as formas de segurar o lápis;
  • A criança não faz ligação do olho com a mão;
  • Não há representação no desenho.
Garatuja ordenada
(Longitudinal)

  • Coordena sua atividade visual e motora (explora o sentido longitudinal do papel);
  • Ainda não há intenção representativa;
  • Os traços são mais fortes;
  • Relação espacial delimitada;
  • Apropriação dos instrumentos que usa (papel, giz de cera etc.).

Garatuja ordenada
(Circular)

  • Conquista do movimento circular;
  • Início de uma representatividade, com o que marcou no papel associando, seu desenho a uma imagem mental;
  • Embrião da conquista da forma.
Garatuja nominada
(Mescla)

  • Pode ocorrer a mistura de uma etapa com outra ou todas ao mesmo tempo;
  • Saída do pensamento motor para o pensamento representativo;
  • A linguagem motora está ligada com a linguagem oral;
  • A criança conta a história do desenho através de frases.

Pré esquema
1ª fase     

  • Confundido com a garatuja circular;
  • A ocupação do espaço não obedece a nenhuma regra (sem linha de base, solto);
  • Cor ainda arbitrária (uma só cor);
  • Desenha o que sabe do objeto, mas não o que vê;
  • Lembra formas geométricas.

Pré esquema
2ª fase
  • Perde-se a relação com os movimentos corporais; "O olho que no começo segue a mão, passa a guiá-la";
  • Início de uma preocupação coma ocupação do espaço (ainda sem linha de base);
  • Ainda cor arbitrária (preocupação com a diversidade);
  • Forma mais estruturada;
  • Procura símbolos que representem o ambiente.

Pré esquema
3ª fase

  • Começa a estruturar o seu desenho como linguagem (bonecos, flores, girinos, sol, etc);
  • Encontra-se no período pré-operatório (4 a 6/7 anos);
  • Os símbolos estão relacionados com a criança que é o centro do universo;
  • Preocupação com a linha de base.


Esquema 1

  • Preocupação em localizar as formas no espaço relacionando-as;
  • As formas começam a se organizar sobre a linha;
  • Usa o limite da folha como limite de base;
  • A forma desce, cresce e o desafio e preenchê-lo.


Esquema 2

  • Preocupação com a colocação de linha de base nos desenhos (a linha de base parece ser uma indicação de que a criança se apercebeu das relações existentes entre ela própria e o seu meio "Lowenfeld");
  • Representação do tempo e do espaço (encontramos episódios diferentes representados por imagens não semelhantes numa unica sequência de desenho);
  • Faz desenho do tipo Raio X ou transparentes;
  • Preocupação em começar seu desenho pelo chão delimitando também o céu, a forma cresce e é totalmente preenchida.


Esquema 3

  • Desenha com um misto de plano e elevação;
  • As duas linhas, céu e base não se relacionam diretamente;
  • Representação da casa com o plano lateral e outro frontal, em alinhamentos diferentes e conjugados;
  • Como num jogo de equilíbrio, as formas e todas  as espécies de sinais são trabalhadas.

Início do Realismo

  • A criança chega ao início do realismo, quando ultrapassa a frustração do enfrentamento com o real;
  • A forma e o fundo são conquistados, havendo um apuramento da decoração com riqueza de detalhes;
  • Aparece embrionariamente perspectivas no desenho;
  • Acentua-se a necessidade de trabalho em grupo e da diversificação de técnicas. 

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