PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA:
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA:
EDUCAÇÃO NÃO TEM COR.
“Todo brasileiro, mesmo o alvo, de
cabelo louro, traz na alma, quando
não no corpo, a sombra, ou pelo menos
a pinta, do indígena ou do negro...”
PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA: EDUCAÇÃO NÃO TEM COR.
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:
Tema:
Educação não tem cor.
Tempo de execução:
um mês – novembro de 2008.
Culminância:
Dia 20 de novembro – dia nacional da consciência negra.
Característica:
Projeto interdisciplinar, envolvendo História, Língua
Portuguesa, Geografia, Artes e Educação Física.
1.1. BLOCO TEMÁTICO:
•
História, Cultura e Diversidade: Quais as coisas que fazem parte da
nossa
cultura que adquirimos por influência africana?
•
Ser humano, Direitos humanos e Igualdade: Como o negro é visto dentro
da
nossa sociedade?
•
Educação, ética e etnia: Valorização e respeito da nossa própria
identidade.
1.2. CONTEÚDO FOCO:
O conteúdo foco é a
educação voltada para consciência da importância do
negro para a constituição e identidade da nação brasileira e
principalmente, do
respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do
preconceito
,
desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno,
buscando nas
nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela
influência africana.
Inicialmente, será conduzido pela simples observação de fotos de
revistas sobre algumas
coisas que fazem parte da cultura africana (comidas, danças,
vestimentas, etc.);
estabelecendo a seguir um vínculo entre as curiosidades que surgirem
dos alunos sobre
o tema e a instigação provocada pelo professor no intuito de ir
avançando no
conhecimento sobre o assunto.
1.3. CICLO E SÉRIE A QUE SE DESTINA:
Este projeto se destina ao 1 º ciclo - 1º ANO do ensino fundamental.
2. PROBLEMA:
Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura ativa e
permissiva
diante da discriminação e do racismo que atinge a população afro-
descendente brasileira
até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados que apontam as
desigualdades entre
brancos e negros, constatou-se a necessidade de políticas específicas
que revertam o
atual quadro.
No campo da educação, promover uma educação ética, voltada para o
respeito e
convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de temáticas
significativas do
ponto de vista ético, propiciando condições desde a mais tenra idade,
para que os alunos
e alunas desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de
nossas próprias
raízes históricas que ajudaram e ajudam a constituir a cultura e
formar a nação
brasileira, pois, o preconceito e o racismo são uma das formas de
violência, diante
disso, quais as situações que temos possibilidades de mudar? Qual
seria a nossa
contribuição concreta para viabilizar a conscientização das pessoas?
3. JUSTIFICATIVA:
Comemorar o 20 de novembro – Dia da Consciência negra, dedicando o mês
de
novembro, para debater e refletir sobre as diferenças raciais e a
importância de cada um
no processo de construção de nosso país, estado e comunidade. Com este
trabalho
espero que a consciência de valorização do ser humano ultrapasse as
fronteiras da
violência, do preconceito e do racismo.
4. OBJETIVOS:
•
Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros,
na escola e
na sociedade;
•
Entender e valorizar a identidade da criança negra;
•
Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
•
Desmitificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos
da cultura
africana;
•
Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa,
para um
posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.
5. DESENVOLVIMENTO:
O desenvolvimento do projeto estará em consonância com os blocos
temáticos
citados e será feito de acordo com as necessidades da turma e a
realidade local,
estabelecendo o problema e a proposta de conteúdo para a classe. O
tema será
desenvolvido na sala de aula por meio de atividades para a sua
exploração,
sistematização e para a conclusão dos trabalhos. Os alunos devem fazer
observações
diretas no entorno familiar, observações indiretas em ilustrações e/ou
vídeos,
experimentações e leituras. Para tanto vamos utilizar:
•
Livro:“Menina bonita do laço de fita” de Maria Helena Machado, Ed.
Ática,
2007;
•
Livro: “Declaração Universal dos direitos humanos” – adaptação Ruth
Rocha e
Otávio Roth, 2003;
•
Estudo de alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos;
•
Exibição de vídeo (clipes): ”Missa dos quilombos” – música de Milton
Nascimento;
•
Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da
atualidade
que tratam sobre o tema;
•
Audição, análise e ilustração da música de Milton Nascimento “Uakti –
lágrimas
do sul”;
•
Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari – “Menina com tranças e
laços”
fazendo uma analogia com o livro “Menina bonita do laço de fita” e
“cabeça de
negro”.
•
Estar em contato com músicas da cultura africana como o samba, a
batucada;
•
Produção em artes com sucatas;
•
Se possível, assistir e participar de uma apresentação de capoeira – a
confirmar;
Atividades:
•
Hora da história: leitura e análise de alguns artigos do livro
“Declaração
Universal dos Direitos Humanos” e “Menina bonita do laço de fita”;
•
Verificação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por
meio do
mapa mundi;
•
Estudos de música, fazendo releituras e transformando-os em
ilustrações
pedagógicas para uma amostra cultural;
•
Confeccionar cartazes – recorte, pintura e colagem - com fotos de
revistas que
tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do negro;
Realizar brincadeiras e jogos infantis:
•
Construção de uma máscara africana com saco de pão;
•
Construção e de um tabuleiro do jogo Kalah – feito com caixa de ovos
(um jogo
de tabuleiro que veio da África que simula o plantio de sementes,
desenvolvendo
a atenção e a concentração da criança);
6. FECHAMENTO DO PROJETO:
6.1. RESULTADOS ESPERADOS:
•
Apropriação de diversos saberes, além da conscientização sobre temas
relevantes como legislação, tolerância, direitos e deveres etc.;
•
Desenvolvimento de valores – conceitos e procedimentos;
•
Apropriação de novas aprendizagens, a partir de reflexões e
esclarecimentos
sobre outras culturas.
No final, sempre com a orientação do professor, os alunos deverão
organizar os
conhecimentos que adquiriram, fazendo registros de suas atividades,
com desenhos,
esquemas, confecções e etc. E durante essas atividades várias atitudes
e valores éticos e
humanos podem ser trabalhados para a consolidação do conteúdo foco.
Montaremos uma exposição com os materiais coletados e produzidos pelas
crianças em conjunto com o professor para que sejam apresentados no
mural que
faremos na escola, para possível visita dos pais que, infelizmente,
não tem muita
disponibilidade para vir à escola, então, estarei mostrando e
comentando estes trabalhos
com eles no dia da reunião de pais.
7. AVALIAÇÃO:
A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de
forma
contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria
prática docente
criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-
se suas
potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços
individuais dentro da
coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as
atividades (de acordo com
as peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O trabalho de educação anti-racista deve começar cedo. A criança negra
precisa
se ver como negra e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesmo
e ter modelos
que confirmem essa expectativa.
O projeto visa à alegria e à majestade da cultura africana, tudo como
deve ser,
sem constrangimentos nem equívocos.
Portanto, este projeto trata-se de uma proposta construída, mas não
acabada e
estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula.
9. REFERÊNCIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO TEMA COM AS
CRIANÇAS:
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
Étnico–
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC,
2005. 35p.
MACHADO. Maria Helena. Menina bonita do laço de fita. São Paulo-SP.
Ed. Ática,
2007.
Revista Nova Escola.
Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e
2005.
ROCHA. Ruth. ROTH. Otávio. Declaração universal dos direitos humanos.
São Paulo-
SP, 2004.
AUTORA:PROFESSORA: GISELE GELMI. LOCAL: SÍTIO BANDEIRANTES (2008)
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