PROJETO ADAPTAÇÃO INFANTIL


PROJETO ADAPTAÇÃO ED.INFANTIL



Propiciar momentos de leitura e escrita por meio de materiais diversificados, contribuindo para o letramento, e para que os educandos convivam harmoniosamente estabelecendo um bom relacionamento com os colegas, professora e todos os funcionários da escola. Para que cada criança se perceba como sujeito participante na escola.


5 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
              
·        Conhecer diferentes representações de comunicação
·        Ler imagens em filmes, livros, revistas entre outros.
·        Diferenciar diferentes gêneros textuais.
·        Construir o desenvolvimento da linguagem oral e escrita
·        Utilizar as regras de boas maneiras no seu dia-a-dia e em seu convívio social
·        Produzir e interpretar por meio de desenho, escrita, movimento corporal.
·        Diferenciar e identificar números, formas, cores e tamanhos variados por meio de seqüência (maior ao menor e vice versa)
·        Expressar seus desejos e necessidades por meio da interação, para que a criança se sinta acolhida, observando as regras de convivência

6 – SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

*      Apresentação da estagiária para os educandos do Jardim II, e diálogo sobre como acontecerão às atividades e as aulas, já iniciando algumas combinações para o bom andamento de todas as atividades e aulas;
*      Dinâmica: Amigo oculto do crachá: Em círculo será entregue a cada um o crachá com o nome, o educando será apresentado à turma, e posteriormente será o educando que recebeu o crachá que fará a entrega do próximo crachá para o colega.
*      Ilustração com fundo musical: Cada um irá se ilustrar no crachá, neste momento será dialogado sobre as características físicas de cada pessoa, os membros superiores e inferiores: cabeça, olhos, nariz, boca, orelhas, pescoço, braços, mãos, pernas, pés para que construam sua imagem tendo conhecimento das partes do corpo;
*       Chamada por meio do crachá: Todos os dias após pegarem os crachás, serão observados quem está presente na sala de aula e colocado a figura de uma carinha expressando alegria, para identificar, valorizar e incentivar quem está presente na escola.
*      Contagem oralmente do número meninas e meninos presentes na sala, para identificarem números e quem faltou à aula
*       Mural do Tempo: Identificar como está o dia: chovendo, nublado, ensolarado, sol entre nuvens;
*      Construção do alfabeto da caixa surpresa: Em meia folha de cartolina A4 colocar impresso as letras do alfabeto em letra de forma maiúscula, na outra parte da folha será colado figuras que iniciam com as letras do alfabeto, que estarão na caixa surpresa, cada educando irá retirar uma figura e colar na letra correspondente, abaixo das figuras também será colado o nome de cada aluno de acordo com a inicial de cada nome.
*     Caixa surpresa com espelho: para identificar-se a si mesmo
*     Atividades orais em roda de conversa (dar oportunidade a criança de contar sobre o final de semana, descrever ações seqüenciais).
*     Reconhecer que cada lugar tem suas regras; (casa, escola)
*     Oportunizar as crianças a fazer escolhas na rotina diária e nas brincadeiras, exercitando responsabilidades;
*     Jogos da memória com números, bingo com nomes
*     Trabalhos manuais (colorir desenhos, identificando as imagens)
*     Dramatizar história que envolva movimento com o corpo
*     Ouvir cantigas trabalhando os movimentos do corpo
*     Assistir a filme reconhecendo imagem e sons
*     Brincadeiras no pátio, roda, estatua e outras
*     Observar o dia e desenvolver o vocabulário do tempo (ensolarado, chuvoso, nublado)
*     Utilizar os termos em cima, na frente, atrás, direita, esquerda, ao lado


7 – AVALIAÇÃO

Avaliação acontecerá no dia-a dia, através da observação e registros dos acontecimentos, avanços, dificuldades e desenvolvimento das crianças.  Como a turma tem 28 alunos, observaremos por dia individualmente 5 alunos.   O projeto será flexível a mudanças para acompanhar o interesse da turma.

8 – RECURSOS

·        Lápis de cor, tesoura, cola, folhas (tamanho A4, para atividades xerocadas)
·        Áudio:  aparelho para CD e DVD; televisão
·        Espelho (pequeno)
·        Blocos lógicos
·        Crácha ( Será utilizado como chamada, e diariamente as crianças farão um desenho sobre o assunto trabalhado naquele dia)

9 – REFERÊNCIAS

BARRETO, Marisa. A Nova Pré –Escola. Jardim II. Bolsa Nacional do Livro: 2004, Volume: I, II.

DIA DO TRABALHO PARA COLORIR DA TURMA DA MÔNICA

PROJETOS BOAS MANEIRAS


PROJETO BOAS MANEIRAS

PROJETO BOAS MANEIRAS


Tema da aula:                    

Bondade:
Contar a história e ao final fazer a dobradura da joaninha e da sombrinha dela.


Dobradura da joaninha: dois círculos vermelhos dobrados ao meio serão as unhas. Desenhar os detalhes: anteninhas, perninhas e bolinhas das asas.


Dobradura da sombrinha fechada: dobrar um círculo 2 ou 3 vezes. Colar no papel com a ponta para baixo e desenhar o cabo da sombrinha e a ponteira com lápis de cor.


Dona Joaninha e as abelhas

Era uma vez um lindo jardim onde moravam muitos insetos: abelhas, mosquitos, besouros, joaninhas, borboletas, etc.

Todos viviam em suas casas muito felizes.
Havia nesse jardim a casa de uma família onde ninguém parava de trabalhar. Era a casa das abelhas.
Dona Joaninha, que morava numa linda folha de árvore, não se cansava de admirar o vai-e-vem constante de suas amigas.

Numa linda manhã, Dona Joaninha colocou sua roupa nova, abriu sua sombrinha para proteger-se do sol e saiu para seu passeio por entre as flores.

Encontrou uma abelha pousada em uma flor e começaram a conversar.

-Como você está apressada Dona Abelha! Vamos conversar um pouco?

-Não posso, disse a Abelha, tenho que levar o néctar dessa flor para fabricar o mel.

-Mel? Perguntou a Joaninha.

-É sim, disse a Abelha, nós recolhemos o néctar das flores, levamos para a nossa casa que é a colméia e lá fabricamos o mel.

-Muito interessante, disse a Joaninha, quanto mais você fala nesse mel, mais vai me dando uma vontade de experimentar!

-Bem, não seja por isso, Dona Joaninha!

Vamos até a colméia e lhe darei um pouquinho de mel.

Assim as duas amigas voaram até a colméia.

Lá chegando, logo perceberam que a Joaninha não tinha onde carregar o mel. Rapidamente a Abelha disse:

-Vire sua sombrinha e eu colocarei um pouco aí dentro.

Assim fazendo, Dona Joaninha recolheu o mel na sombrinha, sentou-se debaixo de uma árvore e começou a saborear o delicioso alimento produzido pelas abelhas.

E como ela não era gulosa, guardou um pouco para comer nos dias seguintes, como sobremesa.


Amizade

OBJETIVO GERAL: Nos não vivemos sozinhos. Além das pessoas da nossa família existem outras que merecem nosso carinho e amizade.

OBJETIVOS ESPECIFICOS: Dizer quem são nossos amigos e como devemos tratá-los.


INCENTIVO INICIAL: Levar umas pequenas cartas que contenha figuras de animais invertebrados, principalmente insetos como besouro, joaninha, gafanhoto, etc.; para que os alunos saibam diferencia-los e dizer que são quase todos da mesma família porque soam parecidos.


DESENVOLVIMENTO DA AULA: Dizer aos alunos que alem de nossa família existe crianças que brincam juntas na rua ou que freqüentam a mesma escola, que convivem conosco. Estes são nossos amigos e devemos sempre trata-los com boas maneiras, com carinho, fazer pequenos favores e não brigar.


Narrar a historia: O Besouro invejoso


SUGESTAO DE ATIVIDADES: Pintura e colagem.

O BESOURO INVEJOSO

Vocês já foram passear na roça? Vocês já viram que a noite, em alguns lugares escuros há um bichinho que tem luz muito bonita? Ah! E o vaga-lume.

Pois bem, da janela de sua toca, o besouro fungava aborrecido, olhando a lanterna verde que o vaga-lume acabara de acender. Quanto brilhava! Parecia uma pequenina estrela caída do céu. Tão linda!

O besouro era assim. Sempre queria ser igual aos amigos, aos vizinhos, aos parentes. Quando o gafanhoto comprou uma casaca verde e apareceu todo bonito na festa dos bichinhos, ele ficou de boca aberta – querendo ser como o gafanhoto.

Voltou para casa aborrecido e tristonho.

O que aconteceu – perguntou-lhe a mulher. Ele não respondeu e foi dormir todo zangado.

O mesmo aconteceu quando ele ouviu o canarinho cantando.

Que voz linda. – pensava ele. – E eu não sou capaz de fazer um assobio.

E assim, sempre querendo ser como os outros, era um besouro triste.

Mas, o que mais irritava mesmo era o vaga-lume, pois, pensava ele:

O vaga-lume não e um bichinho como eu? Por que tem ele aquela lanterna verde tão bonita e eu não tenho?

De tanto se aborrecer com isso, o besouro resolveu abandonar tudo e ir morar sozinho na floresta. Mas ele ia tão afobado, tão raivoso, que não vendo os galhos secos de uma árvore, estes lhe feriram os olhos.

Ah! Que dor nos lhos! Quase não vejo nada... Como poderei caminhar?

E ficou parado por instantes quando ouviu uma vozinha:

Que bichinho bonito, como ele tem as patas bem feitas. São tão bonitinhas as sua patas! Como e o seu nome?

Mas, o besouro com olhinhos machucados não viu a formiga e como a formiga havia falado em bichinho bonito, ele não pensou que fosse com ele.

Fale o seu nome, eu sou a formiguinha.

Esta falando comigo? Eu me chamo besouro. Machuquei os olhos nestes galhos.

Espere um pouco, vou buscar água fresquinha para banhá-lo e num instante ficara bom.

Enquanto ele esperava, ouviu outra voz:

Que bichinho interessante! Tão bonitinho! 
Eel tem o corps covert poor puma cape pretax!
Isso não e capa preta, são minhas asas...

Ah! Você tem asas! Pode voar. Oh! Como você e feliz!

Enquanto isso, a formiguinha já tinha chegado. Lavou os olhos do besouro, pôs uma pomadinha e ele passou a enxergar bem. Pode ver, então, que quem falava com ele era a minhoca. E olhando ao seu redor viu tantos bichinhos... uns pequenos, outros rastejando pelo chão, e, apesar de tudo viviam felizes.

Começou a pensar... olhou para as sua patinhas... tão bem feitas. Olhou para suas asas fortes... sem elas nunca poderia voar. E tão depressa...

E o besouro continuou pensando: - Estes bichinhos não têm nada disso e vivem contentes, nem ficam irritados por não serem como eu sou... Ah! Eu também vou procurar viver alegre com o que eu tenho e não ficarei mais triste com a beleza do vaga-lume, nem de bicho algum.

Gratidão (aceitar as coisas que nos apresentam):


Nina a tartaruguinha.


Nina estava triste. Por causa de sua casca não podia brincar com os coelhinhos.


Fez força e saiu da casca. Saiu pulando contente!


Mergulhou no lago, mas veio um peixe e mordeu seu rabinho. Ela deu um pulo para fora do lago e caiu bem em cima de um porco espinho...


Estava toda molhada! Sentiu frio e entrou em um sapato velho para se aquecer.


Veio a chuva e o sapato encharcou. Nina sentiu saudade de sua casca. saiu a procura mas... tinha um gato morando lá.


__ Ei essa é minha casca, disse a tartaruguinha.


O gato se assustou e caiu com as pernas para cima, não conseguindo desvirar, saiu correndo e abandonou a casca da tartaruguinha alí mesmo.


Nina entrou de novo na casca e falou que nunca mais queria sair dali.

Fraternidade (sei repartir o que me pertence).

OBJETIVO: A criança deverá se sensibilizar para adotar atitudes generosas, pois a fraternidade com lei universal, é virtude que devemos cultivar.


Incentivação Inicial


Apresentando a figura em forma de fantoche de vareta, conversar com as crianças:


- Vocês sabem quem é esta menininha? É a Joaninha. Ela tem 4 anos. Hoje ela está triste, triste. Quem quer perguntar por que ela está chorando? (Se nenhuma criança perguntar sozinha, pedir que todos perguntem juntos:
Por que você esta chorando Joaninha?) colocando o fantoche à frente do rosto responde: Porque a Maria Helena não gosta de mim.


Vamos ouvir a estória da Joaninha e da Maria Helena?

Joaninha era uma menina que morava numa casinha lá no alto do morro, e sua mamãe – D.Maria era lavadeira. Ela lavava roupas nas casas dos outros para ganhar dinheiro e comprar comida.

Um dia D. Maria saiu para trabalhar e levou Joaninha.

Ela ia lavar roupa na casa do Dr. Arnaldo, que morava numa casa muito bonita, lá no centro da cidade.

Quando D.Maria chegou, Maria Helena – filha do Dr. Arnaldo estava passeando com um carrinho de boneca no jardim.

- que linda a sua bonequinha, posso pegar? Perguntou Joaninha.

- Ah, não! Está é a minha boneca nova, só eu posso brincar com ela.

- Vem cá Joaninha – falou D. Teresa, a mãe de Maria Helena.

– eu tenho umas balas muito gostosas que guardei para você. Sabia que eu gosto muito de você.

O dia passou. À tardinha D.Maria e Joaninha foram embora.

Na hora de sair, Joaninha deu adeus para a Maria Helena, sorrindo.

Mas a menina que estava na janela com a mãe, virou o rosto e não respondeu.

Só D.Teresa, acenou com a mão, falando bem alto:

- Até amanhã, Joaninha! Até manha D.Maria:

D.Teresa olhando triste para a filha, falou:

- Você foi indelicada com aquela menininha, Maria Helena. Ela é tão boa! Ela gostou tanto da sua bonequinha e você não a deixou pegar nem um pouquinho! E ela tem um coração muito grande que cabe todo mundo. E o seu, minha filha é pequenino, pequenino...que não cabe nem uma amiguinha.

Passou-se o tempo.

Maria Helena um dia ficou doente, muito fraquinha, sem conseguir andar. Não podia sair de casa e tinha que ficar o dia inteirinho na cama ela estava muito triste e queria tanto uma amiga para brincar. Então que surpresa!...Paradinha na porta, com vergonha de entrar, Joaninha perguntou:

- Você quer que eu brinque com você Maria Helena?

- Ah, que bom que você veio, Joaninha! Eu pedi a D.Maria para trazer você. Vamos brincar de casinha aqui na cama? Você vai trazendo os brinquedos para nós.
E as meninas brincaram o dia inteiro. Na hora de despedir, Maria Helena, bem pertinho de Joaninha, lhe falou:

- Você é a minha melhor amiguinha, por causa do seu coração tão bom!

Eu também quero ter um coração bonito assim como o seu! Agora feche os olhos que eu tenho uma surpresa para você.
E assim dizendo, Maria Helena colocou nas mãos de Joaninha a boneca nova. É para toda vida. Pode levar e amanhã bem cedinho volta pra gente brincar?

- Esta boneca é para mim? Está bem novinha muito obrigada, respondeu Joaninha.

E as duas amigas se abraçaram, muitos alegres.

D.Teresa e D. Maria também estavam felizes, vendo como eram tão amiguinhas suas filhinhas queridas!

Fixação: - Distribuir para cada criança as figuras de Joaninha e pedir que eles pintem ou façam colagem em seu cabelinho. Distribuir para cada criança a figura da boneca em cartolina, para colagem dos braços de Joaninha.

Você poderá ainda preparar a boneca com corpo de bala para repartir com as crianças, lembrando mais uma vez a atitude fraternal da menina.











COELHINHO COM MOLDE

MENINO DO ENGENHO


MENINO DE ENGENHO

MENINO DE ENGENHO




Um moleque chegou gritando:
– O partido da Paciência está pegando fogo!
Tinha sido faísca de trem, na certa.
O povo todo correu para lá, com enxadas, foices, pedaços de pau...Via-se o fumaceiro do outro lado do rio, tomando o céu todo.
– Mande chamar pessoal do eito, gritava o meu avô.
E com pouco mais chegavam os cabras em disparada, para os lados do partido. O fogo ganhava o canavial com uma violência danada. As folhas de cana estalavam como taboca queimando. Parecia tiroteio de verdade.
– Corta o fogo no Riacho do Meio!
Era o único jeito de atalhar o incêndio para salvar o resto do partido, meter a enxada e a foice no riacho que cortava o canavial, abrindo aceiros lado a lado.
A casa de palha de negro Damião, o fogo comeu num instante. Nem tiveram tempo de tirar os trastes. O vento soprava, sacudindo faíscas a distância. Mil línguas de fogo devoravam as canas maduras, com uma fome canina. E o vento insuflando este apetite diabólico, com um sopro que não parava. Mas os cabras do eito estavam ali para conter aquela fúria. E o meu tio Juca no meio deles. As enxadas tiniam
no massapê, as foices cantavam nas touceiras de cana, abrindo os aceiros para esbarrar a carreira das chamas. E davam no fogo com
galhos de mato verde, gritando como se tivessem numa batalha corpo a corpo.
Ficávamos de longe, vendo e ouvindo as manobras e o rumor do combate. Os meus olhos choravam com a fumaça, e o cheiro de mel de cana queimada recendia no ar. Descia gente das caatingas para um adjuntório. E com o escurecer, o fogo era mais vermelho.
Agora as chamas subiam mais para o alto, porque o vento abrandava. Os cabras pisavam por cima das brasas, chamuscavam os cabelos, nessa luta braço a braço com um inimigo que não se rendia.
– Olha a casa de Zé Passarinho pegando fogo!
Zé Guedes correu para dentro das chamas, e voltou com a velha Naninha, entrevada, nos braços, sacudindo-a no chão como um saco de açúcar.
– Ataca o fogo, gritava meu tio, de panavueiro na mão.
O meu tio Juca crescia para mim, neste arranco de coragem com seus cabras. Estava metido com eles no mesmo perigo e no mesmo aperreio.
Vinham chegando moradores de Maravalha e de Taipu. E eram para mim mais de quinhentos homens que enfrentavam o inimigo desesperado. Não passaria mais do riacho, porque todo ele estava tomado de aceiros. E gente com galhos nas mãos para esperar o avanço. O vento abandonara o aliado no campo da luta. E só se via gente de pé queimado, de cara tisnada; de olhos vermelhos, de roupas em tiras. Zé Guedes com os peitos em chaga viva. E o pretume do canavial fumaçando.
– É preciso deixar gente nos aceiros a noite toda.
No engenho, o meu avô botava jucá nos feridos. A destilação se abria por uma bicada. A boca de fogo podia fazer mal. E o eito esperava por eles de manhãzinha.
(JOSÉ LINS DO REGO)

EITO: roça onde trabalhavam os escravos;
ADJUNTÓRIO: ajuda, auxílio;
ACEIRO: terreno desbastado para evitar a propagação de incêndio;
TISNADA: queimada, tostada;
INSUFLANDO: soprando;
JUCÁ: pau-ferro;
MASSAPÊ: terra argilosa, terras de primeira ordem para as plantações da matéria-prima.

01) O conflito da narrativa deu-se:
(A) quando tio Juca gritou para atacar o fogo;
(B) quando o moleque gritou que o partido da Paciência estava pegando fogo;
(C) quando a casa de Zé Passarinho pegou fogo;
(D) quando as folhas de cana estalavam como taboca queimando;
(E) quando a casa de palha do negro Damião pegou fogo.

02) A respeito do narrador do texto de José Lins do Rego,
pode-se afirmar que:
(A) é o próprio autor do texto, contando suas memórias;
(B) narra os fatos, mas não participa da história;
(C) o narrador é também personagem;
(D) não há interferência de um narrador no texto;
(E) é um narrador onisciente.

03) O autor usa as expressões “fome canina” e “apetite
diabólico” para mostrar que:
(A) no lugar também havia animais famintos;
(B) os cabras viviam com fome, pois levavam uma vida miserável;
(C) muitas pessoas ficaram feridas e sem casa depois do incêndio;
(D) o fogo tinha sido provocado por algum inimigo;
(E) o fogo era bastante violento.


04) Foi preciso evitar o alastramento do fogo. Para isso...
(A) o vento foi um grande aliado;
(B) foi preciso esperar o vento ficar brando;
(C) atalharam as margens do riacho;
(D) juntaram-se folhas de cana e usaram-nas;
(E) chamaram os homens para apagá-lo com a água do Riacho do

AS TRÊS EXPERIÊNCIAS


AS TRÊS EXPERIÊNCIAS



Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar, nasci para escrever e nasci para criar meus filhos. O "amar os outros" é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge.
Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará
perdido se der amor e às vezes receber o amor em troca.
E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por que foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. É, para escrever, o único estudo é mesmo escrever, é como se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estréia penosa e feliz. Essa
capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever.
Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe. Meus filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, seria sozinha no mundo. Mas
tenho uma descendência, e para eles no futuro eu preparo meu nome dia a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário e eu ficarei sozinha. É fatal, porque a gente não cria os filhos para a gente, nós criamos para eles mesmos. Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres.
Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia.
Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse à minha espera. Eu vou ao encontro do que me espera.
(LISPECTOR, Clarice

O SOLDADO AMARELO


O SOLDADO AMARELO

O SOLDADO AMARELO



Era um facão verdadeiro, sim senhor, movera-se como um raio cortando palmas de quipá. E estivera a pique de rachar o quengo de um sem-vergonha. Agora dormia na bainha rota, era um troço inútil, mas tinha sido um arma. Se aquela coisa tivesse durado mais um segundo, o polícia estaria morto. Imaginou-se assim, caído, as pernas
abertas, os bugalhos apavorados, um fio de sangue empastando-lhe os cabelos, formando um riacho entre os seixos da vereda. Muito bem! Ia arrastá-lo para dentro da caatinga, entregá-lo aos urubus. E não sentiria remorso. Dormiria com a mulher, sossegado, na cama de varas. Depois gritaria aos meninos que precisavam de criação. Era um
homem, evidentemente.
Aprumou-se, fixou os olhos nos olhos do
polícia, que se desviaram. Um homem. Besteira pensar que ia ficar murcho o resto da vida. Estava acabado? Não estava. Mas para que suprimir aquele doente que bambeava e só queria ir para baixo? Inutilizar-se por causa de uma fraqueza fardada que vadiava na feira e insultava os pobres!
Não se inutilizava, não valia a pena inutilizar-se. Guardava sua força.
Vacilou e coçou a testa. Havia muitos bichinhos assim ruins, havia um horror de bichinhos assim fracos e ruins.
Afastou-se, inquieto. Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou coragem, avançou, pisou firme, perguntou o caminho e Fabiano tirou o chapéu de couro.
- Governo é governo.
Tirou o chapéu de couro, curvou-se e ensinou o caminho ao soldado amarelo.

(RAMOS, Graciliano, Vidas Secas. 51 ed. São Paulo, Record, 1983 p.106

PROJETO EGITO


Projeto Egito

                                Projeto Egito

Eixo: Natureza e Sociedade
Grupo: Pré-escola
Duração: 3 meses

Justificativa:
Este tema foi escolhido a fim de que as crianças conheçam a cultura e o modo de vida deste povo que continua despertando admiração, interesse e curiosidade;

Objetivo:
Ø     Adquirir uma postura curiosa e investigativa através do estudo;
Ø     Estabelecer relações entre o modo de vida característico deste grupo e o seu próprio meio;
Ø     Conhecer a diversidade cultural deste povo;

Etapas previstas:
Ø     Situar as crianças no mapa, mostrando a localização do Egito;
Ø     Mostrar como era constituída e organizada a população egípcia;
Ø     Mostrar a importância do Rio Nilo para essa população;
Ø     Enfatizar: A autoridade absoluta do faraó, a vida cotidiana dessa população e o papel importantíssimo da religião na sociedade egípcia;
Ø     Vídeo ilustrativo do modo de vida desta sociedade.

Fechamento:
Ø     Seminário apresentado pelas crianças.

Avaliação:
A criança foi capaz de:
Ø     Fazer perguntas sobre a temática do projeto?
Ø     Levantar hipóteses, manifestando curiosidade pelo estudo?
Ø     Estabelecer relações entre o seu modo de vida e a vida da sociedade egípcia?

Bibliografia:
Ø     Enciclopédia do patrimônio da humanidade;
Ø     História e vida.

                          Seqüência de atividades

Eixo: Artes Visuais
Bloco de conteúdos: Apreciação e Fazer Artístico
Tema: Modelagem
Duração: 3 meses
Grupo: Pré-escola

Objetivos:
Ø     Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem da modelagem, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção;
Ø     Interessa-se pelas próprias produções, pelas das outras crianças e pelas diversas obras artísticas, ampliando seu conhecimento;

Conteúdo:
Ø     Produção de trabalhos de arte, utilizando a linguagem da modelagem;

Etapa comum para todas atividades:
Ø     Roda de apreciação;

Etapas previstas:
Ø     Produzir trabalhos com massinha à partir de seu próprio repertorio;
Ø     Introduzir matérias como: tampinhas, canudinhos, palitos, pazinhas, facas plásticas e tesouras com forma de interferência nas produções;
Ø     Fazer uma Galeria de Arte, com as produções das crianças;
Ø     As crianças moldam e esculpem as peças em massinhas;
Ø     Depois de secos, alguns acabamentos poderão ser realizados com tinta guache e caneta hidrocor;
Ø     Levar as peças para casa;

Materiais utilizados:
Ø     Massinha para modelagem, palitos, canudinhos, tesoura, etc.
Avaliação:
Ø     A criança realiza os procedimentos na utilização da massinha?
Ø     Usa a linguagem da modelagem para se expressar?
Ø     Valoriza suas produções e dos colegas?

PROJETO RETRATO E AUTO - RETRATO


Projeto Retrato e Auto-Retratos

                    Projeto Retrato e Auto-Retratos

Eixo: Artes Visuais
Grupo: Etapa l
Duração: 3 meses

Justificativa: A proposta deste projeto será propiciar a estruturação e a representação da figura humana através de intervenções adequadas, leitura de imagens, trocas e reflexões, contribuindo e ampliando o processo de criação da criança.

Objetivo: Instigar a criança para a percepção de semelhanças e diferenças na representação da sua própria produção e dos colegas.

Etapas previstas:
Ø     Levantar hipóteses à respeito do conhecimento da criança sobre o que seja um retrato;
Ø     Propor situações nas quais as crianças possam escolher o material para desenhar e pintar;
Ø     Promover uma galeria de arte com os pintores: “Picasso, Van Gogh, da Vinci, Redon”.
Ø     Em roda fazer a leitura breve da biografia desses autores;
Ø     Guiar a observação durante as rodas de apreciação;
Ø     Propor uma seqüência de interferências gráficas para a formação do rosto: olho, boca, nariz, orelhas,cabelos,...
Ø     Produção de um retrato do colega;
Ø     Estudo dos auto-retratos dos pintores, através da roda de apreciação;  .
Ø     Produção de auto-retratos;

Fechamento:
Ø     Exposição das pinturas realizadas;

Avaliação:
Ø     A apreciação estimulou o desenvolvimento e a produção da figura humana pelas crianças?

PROJETO POESIA


Projeto Poesias

Projeto Poesias

Eixo: Linguagem Oral e Escrita
Tema: Práticas de Leitura e Escrita
Grupo: Etapa l
Duração: 6 meses

Justificativa:
Este gênero proporcionará o enriquecimento do repertório da criança, propiciando também o divertimento.

Objetivos:
Ø     Reconhecer diferentes gêneros literários, ampliando o repertório lingüístico através da diversidades das poesias;
Ø     Utilizar a oralidade para se expressar, promovendo momentos de interação entre os alunos;

Etapas previstas:
Ø     Seleção dos poemas a serem trabalhados;
Ø     Apresentação das poesias informalmente em roda;
Ø     Confecção de cartazes para a leitura, tendo a professora como escriba e os alunos ilustradores;
Ø     Roda de leitura para cada poesia (cada criança terá uma cópia para acompanhar a leitura);
Ø     Memorização das poesias;
Ø     Invenções para ajudar na memorização (só as meninas, só os meninos, em duplas);
Ø     Ilustrações das poesias;
Ø     Elaboração de atividades referentes as poesias, localização das palavras, lacunado, ditado de palavras...);

Fechamento:
Ø     Recital de poesias para outras classes, ou para os pais;

Avaliação:
Ø     Este trabalho desenvolveu o gosto pela leitura?
Ø     Ampliou o vocabulário através deste gênero literário?

Bibliografia:
Ø     Poemas para brincar ( José Paulo Pais)
Ø     Antologia da poesia brasileira para crianças.


Sugestões de poesias:

Ø     Convite – José Paulo Paes;
Ø     Borboletas – Vinícius de Moraes;
Ø     Segredo – Henriqueta Lisboa;
Ø     Convite –
Ø     A Estrela – Manuel Bandeira;
Ø     Ou isto ou aquilo – Cecília Meireles;
Ø     Canção da Garoa – Mario Quintana;
Ø     A casa – Vinicius de Moraes;

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